ESCOLA VIDA E CONSCIÊNCIA
Apometria – Projeto Oficinas da Alma

“No passado, próximo ou remoto, encontra-se a causa de qualquer transtorno psicológico, psíquico e orgânico, por constituir alicerce profundo do inconsciente, no qual se apóiam as novas conquistas e surgem os comportamentos decorrentes.”
(Amor Imbatível Amor – Joana de Ângelis psicografado por Divaldo P.Franco – cap. 47)


O Alvorecer de uma Nova Era (Regeneração)
O alvorecer de uma Nova Era exige novas posturas mentais, intelectivas e filosóficas.
Precisamos mudar a maneira de enfocar as coisas, deixando de ser pedintes da espiritualidade para sermos colaboradores eficientes.
Os tratamentos psíquicos e espirituais devem ser simples e práticos.
As investigações e os questionamentos devem ser objetivos e lógicos visando respostas esclarecedoras e conclusões seguras.
Devemos não mais responsabilizar obsessores, pessoas ou reencarnações passadas por nossas mazelas, mas sim, buscar respostas em nós mesmos. O labor iluminativo exige “a urgente necessidade da educação dos pensamentos e sentimentos”.
Como ponto de partida, podemos utilizar o questionário sugerido por Ermance Dufaux em seu livro “Reforma Íntima Sem Martírio”, no capítulo 11, “A Arte de Interrogar”, Editora Dufaux, Belo Horizonte, MG.
Diz Ermance Dufaux que: “não são poucos os companheiros que demonstram silencioso desespero quando percebem que o esforço pessoal de melhoria parece insuficiente ou sem resultado.
Entregam-se às fileiras de amor ao próximo e à escola do conhecimento espiritual, mas continuam asilando impiedoso sentimento de frustração ao partirem para as lutas reeducativas, nos deveres de cada dia.
Alegam que vigiam o pensamento e oram fervorosamente, pedindo auxílio, no entanto, dizem-se perseguidos por uma “força maior” que lhes distrai e domina-lhes os impulsos, que fazem o que não têm intenção de fazer, sendo levados a atitudes não desejadas ou escolhidas.
Nasce então o conflito, seguido de sentimentos punitivos que passam a povoar o coração, quais sejam a tristeza e a angústia, a vergonha e o desânimo. Instala-se assim, o desespero mudo e desgastante que assola inúmeros aprendizes do crescimento espiritual”
Dessa forma, antes de “achar” que o problema é espiritual ou produzido por outras pessoas devemos pensar em algumas outras possibilidades, verificando se:
1. Pode ser um trauma?
2. Pode ser um recalque?
3. Pode ser uma tendência?
4. Pode ser uma compulsão?
5. Pode ser uma patologia física?
6. Pode ser uma lembrança do astral?
7.Pode ser uma fixação de outras vidas?
8.Pode ser um impulso adquirido na infância?
9. Pode ser uma irradiação magnética dos ambientes?
10. Pode ser um problema surgido na gestação maternal?
11.Pode ser uma emersão de recordações das atividades noturnas?
12.Pode ser uma influência passageira e intermitente ou uma obsessão progressiva?
13.Pode ser uma contaminação fluídica por “nuvens de ideoplastia” dos pensamentos humanos?

O Alvorecer de uma Nova Era requer também novas posturas conscienciais e mentais ante as demais pessoas e a própria consciência.
Visando descobrir nossas posturas automatizadas, podemos fazer os seguintes questionamentos:
1. Qual foi minha real intenção ao dizer ou fazer algo a alguém?
2. Qual foi meu real sentimento após ter feito algo ou dito algo a alguém?
3. Como eu me sentiria se meus pensamentos, sentimentos, intenções e atitudes pudessem ser vistos, sentidos e interpretados por todos?
A educação dos sentimentos é algo doloroso, mas a regeneração exigirá isso de todos
1. A tormenta da culpa
2. O conflito de objetivos
3. A severidade na cobrança
4. A vigilância nas tentações
5. A sensação do esforço inútil
6. A renúncia de antigos hábitos
7. A perda de certas expectativas
8. O domínio sobre a vida emocional
9. A ansiedade por novas conquistas
10. O medo de não conseguir superar-se
11. A tristeza pelo abandono de vínculos afetivos
12. O sentimento de impotência ante os pendores
13. O contato com o sentimento de inferioridade humana
14. A causticante dúvida sobre quem somos e o que sentimos
15. A insatisfação perante tendências que teimam em persistir
16. O desgaste dos pensamentos nocivos que burlam a vontade
17. Os desejos inconfessáveis que humilham os mais santos ideais
18. A insegurança nas escolhas e outros tantos dramas afetivos


O Diagnóstico e o tratamento
Após essa preparação, verificação e uma profunda reflexão sobre as possíveis causas dos problemas, devemos proceder a uma investigação cuidadosa do “ego” através da incorporação dos elementos psíquicos que o compõem, conhecidos como “Personalidades Múltiplas” associadas ou dissociadas.
Aí sim, mais conscientes das dificuldades existentes, teremos condições de escolher um recurso terapêutico mais adequado ao caso, sem imaginar que tudo vai ser resolvido pelos espíritos ou por um milagre.
Antes de imaginar problemas espirituais, vamos verificar possibilidades da existência de distúrbio do “ego”.
Insiste na preservação da tua saúde e na conscientização das pessoas que te pedem ajuda.
Dizem os espíritos que muitas enfermidades têm origem no temperamento desajustado, nos pensamentos e nas emoções em desalinho e, em alguns casos, nas influências espirituais negativas.
A ansiedade, o medo, o pessimismo, a ira, o ciúme, a inveja e o ódio são responsáveis por males que ainda não se encontram catalogados, prejudicando a saúde física, profissional, emocional e mental.
Esforça-te por permanecer em paz, cultivando os pensamentos bons e as ações positivas e fraternas, que te propiciarão inestimáveis benefícios.
Conforme suas escolhas mentais, assim te será a existência.

Os objetivos do “Projeto Oficina da Alma”
O objetivo do “Projeto Oficina da Alma” é ministrar e orientar cursos e técnicas de forma simplificada, passíveis de experimentação, livres de tecnicismos exóticos e de rituais extravagantes, estruturados, alicerçados e fundamentados em pesquisas psicológicas, psiquiátricas e na Doutrina Espírita.
Só assim poderemos pretender a compreensão e a aceitação de nosso modelo de trabalho pelas pessoas ligadas à Ciência e ao Espiritismo.

Técnicas terapêuticas utilizadas no Projeto
1. Apometria – Técnica terapêutica destinada ao tratamento da obsessão espiritual, da obsessão anímica e dos demais distúrbios de ordem espiritual, perispiritual e mental, apropriada para utilização por grupos medianímicos em sistema de duplas.
2. Terapêutica das Personalidades Múltiplas – Técnica terapêutica destinada ao tratamento da obsessão anímica e dos distúrbios causados pelas personalidades múltiplas dissociadas do bloco do “ego” e da proposta encarnatória, que agem prejudicando a existência da pessoa. Apropriada para utilização por grupos de atendimento medianímicos no sistema de duplas com incorporações múltiplas e simultâneas.
3. Captação Psíquica - Técnica terapêutica destinada especificamente ao tratamento dos distúrbios causados pelas personalidades múltiplas associadas do bloco do “ego” que produzem a dinâmica psíquica da pessoa. Quando em desarmonia, essas personalidades prejudicam gravemente os projetos e a qualidade de vida da pessoa. Apropriada para a utilização em consultórios terapêuticos por um sensitivo e um esclarecedor. Porém, é um modelo de tratamento que deve ser utilizado tanto na Apometria quanto no Desdobramento Múltiplo.

Kardec e as Personalidades Psíquicas – “Revue Spirite”, agosto de 1861
A idéia/apego de uma personalidade anterior pode eclipsar parcial ou totalmente a personalidade atual.
Em cada existência um ambiente de relações é criado para a construção de uma personalidade adequada ao projeto de evolução individual e coletivo. Contudo, estando o Espírito submetido a forças como a de ação e reação, dos instintos adquiridos no reino animal não totalmente transmutados ou humanizados, a persona construída nem sempre conseguirá atender o projeto espiritual, ficando fortemente vinculada aos interesses terrenos (apegos de passado).
Desta forma, quando ocorre o desencarne, a persona criada sob o jugo ditatorial da matéria, poderá se rebelar, evitando a associação ao agregado das personas que serão dissolvidas no “cosmo interior”, como a semente se dissolve transformando-se em árvore.
Teremos, então, as personalidades psíquicas dissociadas, partes da consciência que não aceitam, e até criticam outro projeto subjetivo para aquele Espírito. Que, embora contenha em si todas as potencialidades, precisa transformá-las em atos através de relações da alma consigo mesma, ou seja, de escolhas subordinadas a Grande Lei da evolução.

“Aquilo que não fazemos aflorar à consciência aparece em nossas vidas como destino”
(Carl Gustav Jung)
Pierre Janet afirmou: “...muitas atividades mentais ocorrem independentemente de nossa consciência, além disso, existem muitas personalidades secundárias reais vivendo ocultas na personalidade cotidiana, ou alternando com esta”. (L’Automatisme Psychologique, Pierre Janet, Paris.1889)

Estudando o Ego
O “Ego” é um termo empregado na filosofia e na psicologia para designar a pessoa humana como consciente de si e objeto do pensamento.
Freud conceituava o “Ego” como uma instância psíquica.
A Wikipédia (Enciclopédia livre) afirma que o “Ego” é o centro da consciência inferior. E a soma total dos pensamentos, idéias, sentimentos, lembranças e percepções sensoriais.
Para Jung, o “Ego” é um complexo formado primeiramente por uma percepção geral do nosso corpo e existência e, a seguir, pelos registros da nossa memória.”
Resumindo, podemos entender o “Ego” como sendo o conjunto de expressões psicológicas manifestadas pela pessoa física de forma consciente ou inconsciente.

Conceitos
As pesquisas sobre o Psiquismo revelam que o nosso “ego” é composto por um conjunto de “Personalidades Psíquicas” que se alternam a cada momento, dependendo das circunstâncias.
Assim, podemos definir o “ego” como uma espécie de “condomínio”, de “elenco de atores” ou de “companhia teatral” onde atuam diversas personalidades diferentes, que se revezam, ocupando o “microfone” do cérebro e fazendo a pessoa sentir o turbilhão de pensamentos diferenciados, manifestar-se ou comportar-se de formas variadas no palco da consciência.
As “Personalidades Psíquicas” residem ou habitam o “Campo Mental” e são regidas por leis pouco conhecidas ainda. Porém, já se sabe que esse fato é um fenômeno comum a todas as pessoas. Porém, o diferencial está no grau de alternância e de positividade ou negatividade.
Sendo o “ego” um conjunto de Personalidades que se alternam e podem se manifestar influenciando a pessoa, é natural que cada uma revele características próprias.
Quando ocorre a influência direta de uma personalidade do “ego” por alternância, de certa forma explica o porquê das mudanças súbitas ou lentas que ocorrem com as pessoas de um momento para outro, alterando-as completamente.
Dessa forma, pode-se definir a “Personalidade Psíquica” como sendo, também, uma espécie de “pessoa” não física, que tem uma história particular, aparência e idade própria, diferente da aparência e da idade da pessoa onde “reside” e se manifesta. Tem um comportamento específico, um vocabulário e memórias próprias, polaridade sexual distinta, emoções e sentimentos exclusivos.

As Ciências e o Psiquismo
Esses fatos sobre o “ego” e a “personalidade” levaram o cientista italiano Roberto Assagioli a afirmar:
“ A personalidade do indivíduo é como uma orquestra. Cada parte dela é um músico. O EU é o maestro.”
Mas nem sempre os músicos estão afinados e em acordo. E quando isso acontece, a “orquestra” se desarmoniza e pode até se desfazer.
Porém, na orquestra do “ego”, não se pode eliminar os maus músicos, mas fazer com que todos atuem em harmonia. Só a ligação harmoniosa entre todos proporcionará a boa execução da “sinfonia da vida”.
(Roberto Assagioli – O ato da Vontade Ed Cultrix, SP l985)

A alternância das personalidades do “Ego”
Se o “ego” funciona como uma espécie de “condomínio” ou de “companhia teatral”, as “Personalidades Psíquicas” funcionam como os condôminos ou os atores que manifestam-se nas reuniões ou no palco dos teatros. Da mesma forma as personalidades atuam no “palco da consciência” em determinados momentos.
A alternância entre esses “condôminos” ou “atores” do “ego” proporciona a possibilidade de, por um determinado tempo, cada um se manifestar ocupando posição de destaque no “palco da consciência”.
Cada elemento que se manifesta defende idéias próprias e sua permanência na tribuna do cérebro depende de sua inteligência, capacidade, força, autoridade e importância.

A Dinâmica do “Ego”
Durante a alternância dessas personalidades psíquicas, a personalidade real, a que se manifesta no palco da consciência, afasta-se ou é forçada a ceder lugar a esses elementos, muitas vezes, desconhecendo suas ações ou sendo prejudicada por eles. Assim, o “ego” constitui-se num sistema em que prevalece a lei dos mais fortes, dos dominantes.
Se a pessoa não souber disso, se não ativar seu EU (personalidade real, residente) e não aprender a dominar essas forças quando negativas; se não tratar essas dificuldades em si mesma, fatalmente estará destinada ao fracasso profissional, aos desajustes afetivos e aos problemas de saúde em geral.

Do livro “Amor Imbatível Amor de Joana de Angelis e Divaldo Franco. Texto baseado no capítulo 29 (Imagem e Projeção)
1. Na personalidade desestruturada, desorganizada, insegura, o ego elabora imagens que assumem aspecto de legitimidade, dando lugar ao surgimento de personificações parasitárias prejudiciais.
2. Surgidas as personificações, assomam do inconsciente e se instalam, bloqueando a consciência e adquirindo domínio sobre a razão.
3. Os delicados alicerces da personalidade se organizam ou se desorganizam no período perinatal, cuja influência forte estabelece, por automatismos, programas que se manifestarão na infância, adolescência e idade adulta, exigindo atenção.
4. Quando o reencarnante e os familiares são seres equilibrados, o desenvolvimento se dá com naturalidade. Porém, quando são vítimas dos conflitos ambientais, dos distúrbios familiares e dos comportamentos irresponsáveis ou agressivos, os efeitos são desastrosos.
5. Para a integração das personalidades dissociadas ou associadas ao ego e eliminação das facetas e papéis que assume, em virtude dos mecanismos de defesa que utiliza e da fuga da realidade que empreende, torna-se indispensável uma terapia psicológica cuidadosa e a convivência com um grupo de ajuda saudável.
6. Não podemos esquecer, também, que o ser é a soma de muitas reencarnações, nas quais esteve na condição de personalidades transitórias, cujos conteúdos vão se incorporando na formação da individualidade.
7. É natural, portanto, que essas experiências e vivências mais marcantes, arquivadas no inconsciente profundo, emirjam, vez que outra, confundindo a consciência atual e, às vezes, escapando-lhe ao controle, em forma de imagens projetadas ou de personificações que exteriorizam.
8. Adicione-se a esse transtorno psicológico a incidência de psiquismos diversos, interagindo por processos hipnóticos, conscientes ou não, sobre a pessoa portadora de uma estrutura psicológica frágil.
9. Na incidência de psiquismos diversos surgem as obsessões, que interferem na conduta humana, graças à emissão de ondas de pensamento perniciosas, carregadas de altos teores vibratórios de ódio, ciúme, despeito, vingança, e se verão as mudanças bruscas na conduta moral, mental e comportamental, dando curso a psicopatologias variadas e graves. Incidência comum, em razão dos mecanismos de afinidade entre os seres, constituindo-se enfermidade desafiadora, por significar a força opressiva, dominante e constritora de um campo psíquico sobre outro.
10. A imagem impositiva irradiada é captada e se instala sobre a personalidade aturdindo-a por conduzir carga vibratória constituída de energia deletéria, resultante do cultivo de sentimentos destrutivos. Então, trava-se uma luta perturbadora entre o agredido e o agressor.
11. Seja, porém, qual for o distúrbio produzido pelas imagens projetadas pelo emissor sobre o indivíduo, faz-se urgente a psicoterapia, para os dois, a fim de auxiliá-los no auto encontro e na conquista da sua identidade, que são os caminhos eficientes para a auto realização.
12. Cabe ao ser real, a personalidade cósmica, vencer as camadas sucessivas de sombras que o ocultam, desarticulando as engrenagens e imagens mórbidas, geradas no passado, para que possa enfrentar a si mesmo e ao meio onde vive.
13. Os passos em direção a liberação dos conflitos e as conquistas constituem-se na identificação de metas saudáveis, enobrecedoras, diluindo, em cada etapa, as projeções jacentes no inconsciente ou captadas psiquicamente, originadas de outros campos psíquicos.

Desenho demonstrativo das personalidades egóicas influenciadoras da consciência, repassado pela espiritualidade, mostrando simbolicamente o “campo mental” de uma pessoa após o atendimento apométrico.
O núcleo colorido é formado pelas energias positivas recebidas durante o tratamento, visando desfazer o estado simbiótico negativo.

Imagine a influência negativa que gera um elemento psíquico degradado e enraizado no astral inferior

Definição sobre os elementos psíquicos (Personalidades)

Classificando as “personalidades psíquicas”

1.Subpersonalidades são os desdobramentos ou projeções da atual personalidade. Sua idade e polaridade corresponde a mesma pessoa física e suas existências são breves.
2.Personalidades múltiplas são as personalidades residuais de outras existências. Têm identidade prórpia, aparência, hábitos, idade e gênero distinto da personalidade atual. Suas existências podem ser breves ou perdurar por séculos.
2.1.Personalidades múltiplas dissociadas são as personalidades psíquicas que se afastaram do bloco do “ego” e, quando negativas ou rebeldes, agem em prejuízo da pessoa.
2.2.Personalidades múltiplas associadas são as personalidades psíquicas que compõem o bloco do “ego” e nele se manifestam.

Procurando entender as Personalidades Psíquicas
Alexandre Aksakof, em seu livro “Animismo e Espiritismo” publicado no Brasil pela Federação Espírita Brasileira, afirmou:
“Hoje, graças às experiências hipnóticas, a noção da personalidade sofre uma completa revolução. Não é mais uma unidade consciente, simples e permanente, como afirmava a antiga escola, porém uma “coordenação psicológica”, um conjunto coerente, um consenso, uma associação dos fenômenos da consciência, enfim, um agregado de elementos psíquicos; por conseguinte, uma parte desses elementos pode, em certas condições, se dissociar, se destacar do núcleo central, a tal ponto que esses elementos tomem “pro tempore” o caráter de uma personalidade independente”.

Carl Gustav Jung (1875 – 1961)

Jung, o grande psicólogo suíço, tratando desse assunto afirmou:
“O funcionamento da psique baseia-se no princípio da oposição entre os elementos contrários (personalidades antagônicas). E que, a tarefa do homem no caminho de individuação é unir os opostos.”
(O Espírito na Arte e na Ciência”, “Tipos Psicológicos” e “Aion, Estudos sobre o simbolismo de si mesmo“ Vozes C.G.Jung)
Kardec e as Personalidades Psíquicas
As idéias conservadas pelas “personalidades múltiplas” podem ajudar, prejudicar ou até inviabilizar um projeto encarnatório em execução.
A energia condensada existente no campo mental duma personalidade psíquica, quando ligada ao campo bioenergético de um médium pode ter seu conteúdo totalmente esclarecido, dissolvido ou redirecionado.
As Personalidades Psíquicas, se estudadas, tratadas e orientadas corretamente, podem ajudar, trazendo as experiências positivas do passado em forma de intuição, solucionando inúmeros problemas, desafios e confrontos da consciência encarnada.
O próprio codificador do espiritismo homenageou uma Personalidade Psíquica chamada Alan Kardec, um druida que teria contribuído muito com seu povo na época em que viveu.

As bases científicas das “Personalidades Psíquicas”
As “Personalidades Psíquicas” vêm sendo estudadas pela ciência há séculos. Quando o grau de dissociação é acentuado e muito desarmônico, causam distúrbios que são catalogados pela ciência.
No “Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria” (DSM), e no “Código Internacional de Doenças” esses sintomas são conhecidos como “Dissociação de Personalidades”, “Distúrbio das Personalidades Múltiplas”, ‘Transtorno ou Distúrbio Bipolar”, “Transtorno de Ansiedade”, “Esquizofrenia e doenças do sistema nervoso.

As Personalidades Múltiplas e as Subpersonalidades
(...)
As personalidades secundárias assomam com freqüência conforme os estados emocionais, dando origem a transtornos de comportamento e mesmo a alucinações psicológicas de natureza psicótica e esquizóide.
Na imensa área do ego, surgem as fragmentações das subpersonalidades, que são comportamentos diferentes a se expressar conforme as circunstâncias, apresentando-se com freqüência incomum. Todos os indivíduos, raras as exceções, experimentam este tipo de conduta, (...)
Joana de Ângelis/Divaldo P.Franco “O Despertar do Espírito” 1ª Ed. Ed.Leal 2000 pag.39/40)

Memórias, Animismo, Mediunidade, Obsessão e Terapêutica
Allan Kardec, em “A Gênese” (1868), estabelece que: “o estudo das propriedades do perispírito, dos fluidos espirituais e dos atributos fisiológicos da alma abre novos horizontes à Ciência e dá a chave de uma multidão de fenômenos incompreendidos até então, por falta de conhecimento da lei que os rege.”
Hoje, com o advento da Apometria, da Captação Psíquica e da Terapia de Vida Passada, as leis que regem esses fenômenos começam a ser desvendadas. Daí, revelam-se ricas possibilidades terapêuticas aos estudiosos do assunto.
Nota: O estudo do animismo e da mediunidade só tem sentido se houver nele uma utilidade prática, uma intenção terapêutica.

Classificação dos distúrbios
“Auto Descobrimento – Uma busca interior” de Divaldo P.Franco(médium) e Joana de Ângelis (Espírito)
A Gênese dos distúrbios: “Todo conflito procede do ser que pensa, do direcionamento de suas aspirações, tanto das mais recentes como das mais remotas. Ademais, em se considerando os campos de força e afinidade que existem no Universo, o indivíduo sintoniza, também, com os equivalentes ao seu teor vibratório, tornando-se hospedeiro de mentes e seres enfermiços que pululam na psicosfera do planeta, já desencarnados, que passam a exaurir-lhes as forças por osmose espiritual-obsessão assim como pelas correntes mentais que se exteriorizam das demais criaturas em cujo círculo se movimenta”.
O Tratamento terapêutico: ”Nunca será demasiado propor-se elevação moral e renovação espiritual ao ser humano, autor do próprio destino, considerando-se que, de acordo com aquilo que aspire e faça, proporcionará a si mesmo, hoje ou mais tarde, o resultado de sua escolha. Introspecção, alegria, reflexão, cultivo de idéias superiores, oração, constituem terapias avançadas, com seus efeitos vibracionais positivos em favor de quem mantenha, produzindo saúde pela recomposição do equilíbrio psicofísico”.

Eugen Bleuler (1857-1939)

Segundo Bleuler, a esquizofrenia e o distúrbio da personalidade alternante (múltipla) envolvem fragmentação, mas de tipos diferentes. Na dissociação, a organização de personalidades diferentes se alternam, ou seja, uma sucede a outra.
Na esquizofrenia, elas existem lado a lado em forma de fragmentos.
O esquizofrênico tem atitudes, emoções e comportamentos irreconciliáveis simultaneamente, assim como distorções de lógica e do senso de realidade.
O múltiplo não tem problemas de lógica nem de realidade, mas divisões em sucessivos fragmentos.
Características dos distúrbios
Os “Distúrbios da Personalidade Múltipla” ou “Distúrbio Dissociativo de Identidade” manifestam a condição mental em que um único indivíduo demonstra características de duas ou mais personalidades ou identidades distintas, cada uma com sua maneira de perceber e interagir com o meio.

Sintomas causados pelo “Distúrbio Dissociativo de Identidade”

Artrite reumatóide
Anemia
Anorexia
Bulimia
Câncer
Cansaço
Depressão
Diabetes mellitus
Dificuldade de locomoção
Dificuldade de relacionamento
Vitiligo
Dificuldades afetivas
Dificuldades profissionais
Distúrbios de atenção
Doença de Crohn
Esquecimento
Estado de surdo-mudo
Fadiga
Fibromialgia
Fobias
Herpes
Hipertensão arterial
Irritação
Leucemia
Lupus eritematoso
Nervosismo
Obesidade
Preguiça
Psicoses
Psoríase
Púrpura
Retardo mental
Síndrome do pânico
Sonolência
Estresse



Conclusões



A necessidade de Transformação
As responsabilidades que assumimos com o trabalho na seara espírita e o respeito que lhe devemos não precisam revestir-se com ar carrancudo, mas devem refletir-se em atitudes que iluminam, levantam e fortalecem, tornando o ambiente mais fraterno e mais feliz.
Devemos mudar nosso sistema de crenças responsável pelos limites e problemas que temos hoje em nossas vidas. Devemos memorizar alguns pontos que são importantes para o começo da nossa renovação cotidiana, procurando desenvolver continuamente estados de espírito afetivos, alteritários, de humildade e de contentamento; ter como diretriz o equilíbrio; comprometer-se com a própria evolução e com as responsabilidades assumidas e materializar esses propósitos em atitudes.
A capacidade e a inteligência de olhar o outro, reconhecer e promover nele qualidades positivas é chamada Amor.
A capacidade de olhar o outro e ver o que afeta a sua existência, para nos manifestarmos de forma positiva e para remover obstáculos é chamada de Compaixão.
Alteridade – Estado ou qualidade do que é outro, distinto, diferente; Aceitação das diferenças; não indiferença. Segundo DICMAXI alteridade é uma palavra que representa em sua profundidade, as leis cósmicas de convívio entre os seres.

Cultura do sofrimento
Já a autoajuda, ao contrário do que muitos espíritas entendem, significa desenvolver recursos internos para transformar velhas viciações da alma em valores positivos, naqueles mesmos que Jesus ensinou: buscar meios para construir em si mesmo a paz, a harmonia e o equilíbrio; cuidar melhor do interior, para que o corpo responda com saúde e bem-estar.
O correto é cultivar estados de espírito leves, otimistas, fraternos, confiantes, de esperança e de contentamento. Essa atitude representa poderosa ajuda que podemos dar a nós mesmos.
O mestre dizia: “Levanta-te e anda”. Que lição terá desejado nos ensinar ao fazer tal convite?
O grande papel do sofrimento e das dificuldades não é, pois, o da mão que castiga, mas sim o do professor que ensina a ciência do bem viver.



As causas das enfermidades
As enfermidades resultam da desarmonia entre o espírito e o corpo, a vida e a forma de viver. Quando a mente elabora conflitos, ressentimentos e ódios, os automatismos das células são eliminados, aparecendo os tumores cancerígenos.
Os anseios sentimentais insatisfeitos produzem os focos infecciosos resistentes visando inspirar a compaixão das pessoas e lhes chamar a atenção.
Vinganças disfarçadas produzem úlceras e sistonias psíquicas naqueles que as acalentam, embora o aparente desejo de bem-estar.
O desamor pessoal, os complexos de inferioridade, as mágoas, sustentadas pela vitimização e as contrariedades resultam em cânceres de mama, de próstata, taquicardias, disfunções coronarianas, cardíacas e enfartos brutais.
A impetuosidade, a violência, as queixas sistemáticas e os desejos insaciáveis respondem pelos derrames cerebrais, pelos estados neuróticos e as psicoses de perseguição.
A vivência mental do homem se expressa na sua organização emocional e física. Portanto, as doenças somos nós agindo negativamente sobre nós mesmos. Para que tenhamos equilíbrio fisiológico é necessário cuidar de nossas atitudes íntimas, conservando a harmonia da alma.
Se desvendares o “Ego”, a “Consciência”, a “Personalidade” e a “Mente”, terás desvendado os segredos do Universo e encontrado a chave para a saúde, a harmonia, o sucesso e a felicidade.

Advertências ignoradas (chaves)
“Te advirto, quem quer que sejas, oh tu! que desejas sondar os mistérios da natureza. Como esperar encontrar outras excelências se ignoras as excelências de tua própria casa?
Em ti está oculto o tesouro dos tesouros. Oh homem! Conhece-te a ti mesmo... e conhecerás o Universo e os deuses.”
Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará!

Sugestão de livros
Resgate da alma – Sandra Ingerman – Ed. Vida e Consciência, SP. 2008
A sombra interior – James Holis, PhD. Novo Século Ed., SP. 2010
Alimente seus Deuses e Demônios – Tsultrim Allione. Ed. Vida e Consciência,SP. 2010
Magos Negros – Magia e Feitiçaria ma ótica espírita – Robson Pinheiro com Pai João de Aruanda. Ed. Casa dos Espíritos, SP. 2011
Hoje eu sou Alice – Nove personalidades, uma mente torturada – Alice Jamieson. Ed.Larousse, SP. 2010